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quarta-feira, outubro 05, 2011

Chamando Sissi, a nobre - Calling Sissi, the noble

- Sissi, Imperatriz da Áustria: venha a-qui!

- Sissi, Empress of Austria: come here!


... e era tão simples de se notar ...

Magic in the air...




- Sissi, Imperatriz da Áustria: venha a-qui!


Eu sempre fui uma santa qualificada.
Conceito analisado pelas meninas-más da escola que diziam para mim:

- Vai virar "santinha"...

Elas não sabiam que eu já tinha asas.


O problema crucial é que eu tinha uma energia extra. Tipo a Duracell, a pilha que dura! Genuinamente extrapolada, estado vital de um espírito jovial e transcendente.

Não se preocupem, não recebia palmadas (constantemente). Isto é, nem sempre. É bom ser honesta. Aliás, nunca na minha vida pensei em denunciar meus pais por levar algumas palmadas! Se isso aconteceu é porque eu mereci 5% das vezes. Só isso, ou até menos...

Eu vivia completamente atômica e deixava minha mãe atônita.
O meu pai adorava. Especialmente quando eu virava bananeiras após o almoço. Um dia ele se explicou ao falecido tio Carlson Gracie:

- Faz bem, as vitaminas vão direto para o cérebro. Por isso só tira notas boas!

Como era a mais velha, era obrigada a servir de exemplo, mesmo quando o mal exemplo tinha dois anos e meio a menos do que eu. É o inconveniente de ser a primogênita.

"Cada cidadão deve ter a convicção de poder fazer tudo o que não contraria as leis,
sem temer outro inconveniente além daquele que pode resultar da ação da mesma."
Cesare Beccaria

Eu morava numa casa consideravelmente grande. Da porta dos fundos até a frente da casa, onde normalmente eu brincava de atividades criativas, haviam inúmeros metros. Ela retumbava na sua voz de propósitos firmes - isso quer dizer, que até hoje eu me lembro de minha mãe me chamando imperiosamente:

- Sissi, Imperatriz da Áustria: venha a-qui!

Era uma ordem, um ultimato.

E lá ia eu, pensativa (- o que é que eu fiz desta vez?!) e chateada por ela permitir que a vizinhança orelhuda soubesse da minha identidade secreta: a minha nobre realeza. Seguia de nariz em pé, calada, resiliente e pronta para ouvir palavras que não condiziam com a minha natureza simplesmente travessa:

- Ouviu? Entendeu? - me questionava.

Nunca quebrei nada... nem copos! Era extremamente organizada e concentrada. Apenas, andava pelos muros, pelos telhados e pelos galhos das árvores. Este seria um dos problemas?!

Sim, ouvi, entendi, compreendi, registrei, virei as costas e continuei a ser o que já era: uma nobre Fada. É por isso que tudo era indiscutivelmente sobrenatural ao meu redor. E assim, deixava meus pais pasmos mesmo! Vivia flutuando no mundo da imaginação!

E a dúvida que me restou, carreguei até a fase adulta, a designação de Imperatriz. Morri de medo que ela fosse muito feia ou tivesse sido degolada numa guilhotina ou qualquer coisa tenebrosa pertencente à historia do mundo. Até que enfim, um dia, ufa... fiquei mais tranquila: assisti os filmes sobre Sissi, protagonizados por uma bela, talentosa e trágica atriz austríaca. Menos mal ...


Neste mundo virtual, conheci pessoalmente Jorge Fortunato, que... afff... me chama (in)justamente de "Sissi, a Imperatriz da Austria". Eu acho que ele andou trocando idéias com minha mãe e jurou, como um nobre cavaleiro, nunca deixar este legado desaparecer da face da terra.

Interpretando fotografia:

Esquerda: Eu, a Imperatriz da Austria - 5%
Centro: A mãe da Imperatriz da Austria - 75%
Direita: A irmã da Imperatriz da Austria - 20 %


Obs.: 75% das mães não desanuviam nem o céu nem o espírito das coisas


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42 comentários:

Edegard disse...

Amiga
Linda a sua história e sem dúvida o título de rainha foi merecido.
Beijos

BLOGZOOM disse...

@Edegard: Edegard, o chamado de miha mãe era igual a puxão de orelha! rssss

Beijos

Luís Eduardo Pirollo disse...

Olá minha querida amiga Sissym!!!
Que linda história de vida minha amiga, que lindo texto acompanhado de bela música, adorei passar por aqui!!!
Minha amiga, que maravilha, desde muito pequena você já tinha asinhas, com certeza uma verdadeira imperatriz que se transformou na nossa querida fada...
Parabéns pelo excelente texto, um primor!!!
Tenha um lindo e abençoado dia, sem palmadas!!!
Beijos com carinho e muita paz!!!

Geraldo disse...

Olá Sissy,

A história da Imperatriz eu já conhecia porque minha mãe era fã dos filmes, agora tu ser levada da breca.. é novidade.. mas todas as fadas são né?

Abraço

BLOGZOOM disse...

@Dú Pirollo: Luis,

E sem traumas! rssss.... pode acreditar que até hoje eu ouço a minha mãe me chamando daquele jeito?! rssss

BEIJOS

BLOGZOOM disse...

@Geraldo: Geraldo,

Se eu não me engano, uma vez comentei isso com vc e falou justamente sobre os filmes que sua mãe era fã.

Obrigada.... eu era levada sim, mas jamais malcriada.

Penélope disse...

Quando minha mãe dizia - Maria de Lurdes!!! Venha cá! Aí eu sabia que a coisa era feia...
Mas adoro minha mãe me chamando.
E olha, esta tua postagem me fez relembrar Sissi a Imperatriz que assisti há muuuuito tempo atrás e que também comprei os dvds, pois sou fã da nossa saudosa Romy Schneider.
Abraços, Flor!

Luiz Scalercio disse...

nossa belissima historia gostei
muito mesmo prbns e sucesso pra vc.
oi gente se vcs tem duvida sobre assuntos
jurídicos da uma olhada no site da minha mulher.
http://www.analucianicolau.adv.br

Viiii disse...

Sissym!!!
Que lindo post, e menina, você não mudou nadinhaa!
Achei lindo seu post, e não sei se já comentei, mas adoro sua maneira de escrever, sua maneira de viver! Sério!! As pessoas precisam resgastar mais o lado criança, deixar um pouco de lado o egoísmo adulto e tudo o mais que nos faz mal...
beijos

BLOGZOOM disse...

@Malu: Normalmente as mães chama pelo nome e sobrenome quando a coisa tá feia, no meu caso, não! kkkkk

beijos

BLOGZOOM disse...

@Luiz Scalercio: Luiz, eu sempre estou lendo os assuntos apresentados pela Ana, minha querida amiga.

Obrigada.

BLOGZOOM disse...

@Viiii: Viii,

Normalmente sou assim até falando!

Talvez seja por isso que num instante eu faço amizades.

Beijos

Anônimo disse...

Moçoila (boabaiela.blogspot.com)
comentou 16 horas atrás
kkkkkkkkkkkk
Menina, você era uma pequenina imperatriz bem comportada e ao mesmo tempo levadinha da breca rsrsrsss Tal como parece ter sido a outra Sissi. Aluguei uns vídeos bem antiguinhos e vi "Sissi". Muito lindo, o filme. Ela também era muito boazinha mas muito irrequieta e lindíssima.
Muito linda a sua história de vida, querida Sissym.
E olhe, palmadinhas dos papás eu também levei bastantes, mas no meu caso foram muito injustos porque eu não merecia nada, eu sim era um anjinho kkkkkkkkkkk
Parabéns por seu lindo texto
Bjinhos

Anônimo disse...

Mariangela Barreto (www.mara-mariangela.blogspot.com)
comentou 15 horas atrás
Oi Sissym,

lembranças preciosas e tão lindas.. uma familia maravilhosa, um mundo coroado de alegria, mágica e beleza... grande benção minha amiga... muito linda tua historia de vida!
assisti ao filme Sissi a imperatriz da Austria, com Romy Schneider... belissimo, um conto de fadas!

grande beijo
Mariangela

Flor de Lótus disse...

Aff,Sissi!Não sei plantar bananeira não, unca osube, sempre fui meio descordenada,mas virar cambalhota eu adorava.Toda criança tem um quê de anjo e de fada,mas são mal compreendidas pelos adultos infelizmente...
Beijosss

Yolanda Hollaender disse...

Que bonita postagem, amiga Sissy, fadinha do bem, agora: "Sissi, Imperatriz da Áustria"... rs
Bem interessante a forma como você descreveu uma marcante passagem de tua vida... Vale até como tema para uma blogagem coletiva.
Achei graça na colocação que seu pai fazia quando você plantava bananeira: "Faz bem, as vitaminas vão direto para o cérebro!"...
Obrigada por compartilhar esses pequenos momentos mágicos!
Meu carinho,
Yolanda

BLOGZOOM disse...

@Flor de Lótus: E eu, Florzinha, sempre estou incentivando minha filha para fazer bobagens! Puxa... tem que ser criança. Brincar sim, malcriação não!

Bjs

BLOGZOOM disse...

@Yolanda Hollaender: Yolanda, era imediato: almoço = bananeira! Era um espanto mesmo! E sobrevivi!

rsssss

Allan Robert P. J. disse...

Nossa mãe só nos proibiu de caminhar pelo telhado quando começamos a pular dele, mas nunca disse nada sobre rolarmos dentro do barril pela ladeira onde morávamos. Será que deveríamos ter contado a ela?
:)

Pithan Pilchas disse...

Olá Sis,

uma história marcante é original.

Bju

Paulo

Fernando Munhoz disse...

Eu sempre fui ligado no 220. Meu avô que dizia! Lembra do Destruidor das Tartarugas Ninjas? Prazer! Fui uma criança doida! E sou um adulto meio doidão... fazer o que ! Bjo minha linda!

O N Z E P A L A V R A S disse...

Maravilhoso seu texto-memória. Voltarei mais vezes para beber direto da fonte. Obrigada pela visita. Ana

Anônimo disse...

Sisi imperatriz da Austria! Adorei. Minha mae era super fã desses filmes com a Romy Shneider quando era menina, ja pensou?
Beijos e bom sabado/domingo!
Cam

Unknown disse...

Querida Sissym
Adorei sua narativa e a forma de relembrar a infância!
Belos momentos, jamais sairão da nossa memória!
Amiga desejo um ótimo fim de semana!
Beijos

Luma Rosa disse...

Que delícia saber um pouco mais da sua infância, Fadinha Atômica!! ;) Bom fim de semana! Beijus,

BLOGZOOM disse...

@Allan Robert P. J.: Ai meu Deus, Allan, conta isso vai!!!!!!!! rssss

BLOGZOOM disse...

@Pithan Pilchas: Paulo, eu sou todinha original! rsssssss

BLOGZOOM disse...

@Muñoz.: O mais importante é ter permanecido com todos os parafusos os mesmos lugares! rsssssss

BLOGZOOM disse...

@O N Z E P A L A V R A S: Ana, a minha vida é assim, deliciosamente marcada por boas lembranças!

Bjs

BLOGZOOM disse...

@Camille: Camille, o filme quando fo passado fez um tremendo sucesso lançando à fama a Romy. Eu me lembro que fiquei deslumbrada com tudo, contudo, eu era chamada assim antes mesmo de ter visto filmes.

Bjs

BLOGZOOM disse...

@Alba Simões: Tudo que é bom, mesmo puxoes de orelhas educativos... rsss... sempre são deliciosos de serem lembrados.

Bjs

BLOGZOOM disse...

@Luma Rosa: Ainda haviam a Mulher Atomica, Ligeirinho e a Formiga Atomica. rssssss

Flor de Lótus disse...

Oi,Si!Menina lindo o clip, a história que estou vivendo é mais ou menos assim quase um conto de fadas, mas tudo é bem real.Ainda bem porque de ilusões e decepções eu já estava cansada.
Bom domingo!
Beijosss

AFRICA EM POESIA disse...

Foi lindo passar por aqui. adorei a história

beijos

BLOGZOOM disse...

@Flor de Lótus: Engraçado o que voce disse, a comparação, pois no meu caso, a minha mãe tinha habito de me chamar assim quando eu fazia algo errado... rssss

BLOGZOOM disse...

@AFRICA EM POESIA: Olá, e eu amei o seu espaço. Beijos

Dário Shoupaiwisky disse...

SUPER FOFO
AMEI!
1 ABRAÇO

BLOGZOOM disse...

@Dário Shoupaiwisky: Dario, A minha infancia foi recheiada de historias!!!

Myrian disse...

Em primeiro lugar quero agradecer sua visita no meu cantinho.
Adorei seu post que, embora em prosa, é pura poesia!
Você me fez recordar das "artes" de minha filha Letícia, que, como você, era uma menina doce mas muito "levada".
Quanto à Sissi, a Imperatriz, vi toda a série de filmes no cinema (sem comentários sobre a minha idade, hehehe) e ficava sonhando em viver um amor tão lindo...
Seja sempre bem-vinda no meu bloguinho!
Bjs.

BLOGZOOM disse...

@Myrian: Myrian, é tão gostoso pq cada um que vem trás um pouquinho de si, ou lembrando de algo ou alguem, ou dizendo que adorava este filme.

Agradeço a sua delicadeza no comentario.

Bjs

Choramingos e Chorumelas disse...

Olá Sissym, me diverti muito com suas lembranças de sua infância, nossa você era sapeca igual a mim, eu vivia no meio do mato,em cima de telhados e arvores, sua história me fez pensar na minha, adorei, imagino o tom de sua mãe te chamando de imperatriz da Austria, devia dar medo, rsrsrs, simplesmente adorável, obrigada por compartilhar conosco, bjs e muitas flores em seu coraçãozinho de fada. Deka

BLOGZOOM disse...

@Choramingos e Chorumelas: Oieee...

Quando me chamava assim, na verdade, não sentia medo, ficava curiosa e outras furiosa... kkkkk

BEIJOS